Confraternização

(Na geladeira)

sexta-feira, março 31, 2006

Temas - Vire o rosto!

vire o rosto, por favor
não é hora de me ver
não consigo mais manter o espírito de novidade
entre nós
não posso manter o frescor
vire, por favor
não veja meu rosto velho
que não sabe mais sorrir contigo
que não sabe causar reflexo
mas me esforço
e é assim que não consigo ser nascido a cada dia
somente quando esqueço é que sou novo
vire, para esquecer também de mim
e me ver novamente como alguém interessante.

rodrigo bobi - junho de 2005

quinta-feira, março 30, 2006

Março*

No mês de seu aniversário,
comemorei a dor.

Bruno*

quarta-feira, março 29, 2006

Faz Parar*

Faz parar, faz parar
A fome que sinto
Faz parar, faz parar
Esse meu enfado
Traz agora, pra cantar
Num banquete, toda gente
Pega o copo, torna o vinho
Até cair de bem contente!

Faz parar, faz parar
A fome que sinto
Faz parar, faz parar
Esse meu enfado
Leva embora, pra bem longe
A mágoa que alimenta
Que esse corpo, aqui quietinho
Quer dançar com toda gente!

Bruno*

Tecido*

Uma escrita que seja a voz de um sábio silêncio a ser conquistado
Que seja resultado da pura contemplação, impassível
Extremamente sensível, de uma seriedade lírica
Consciente, que cante as belezas, e principalmente
Não tema as tristezas, seja uma medicina
Um estudo, que enfim me salve
De mim, dos outros
Que enfrente e agradeça
Todo o Mistério!

Bruno*

terça-feira, março 28, 2006

Espanto*

Sarei, sarei
É mentira, otimista!
Zanguei, de vez
É mentira, pessimista!

Parei, a tempo
De notar o tempo
E sentir espanto!

Vi a gente, andei com o mundo
Ouvi um canto que me disse tudo.

É pra sempre, nunca mais
É mentira, olho gordo!
É feliz, é de ouro
É mentira, invejoso!

Parei, a tempo
De notar o tempo
E sentir espanto!

Contemplei, em algum momento
Um encanto, sem lamento.

É verdade, ainda vivo
Obrigado, meu amigo!
O abraço, o carinho
É verdade, meu amigo!

Bruno*

três versos

tudo se transforma
nada muda
tristeza profunda

rodrigo bobi

sábado, março 25, 2006

Não foi ninguém.....

Hoje meu peito sentiu um vazio muito forte.. abri a porta de casa e a cama dele naum estava mais lah.. eu sabia que naum estaria mas mesmo assim me doeu tanto..naum consigo conter o choro.. soh oq pude fazer foi pegar a vassoura e varrer o pó.. meu irmão foi embora de casa.. deu espaço pra minha felicidade completa.
quero q saiba q vc é uma pessoa muito especial pra mim..me ajudando,compreendendo e me aceitando do jeito q sou!
tem sido maravilhoso te-lo na minha vida! e vai continuar sendo.. nunca deixaremos nossas vidas se separerem!!
vc faz parte de mim eu sou o q sou por ter vivido todo esse tempo contigo!
oq sinto por vc é muito forte e verdadeiro!
te amo do fundo do meu coração! quero ve-lo feliz sempre , vc mais do que ninguém merece isso.
bom... as portas de casa estão sempre abertas pra ti!
bité um abração te amo!!

Thiago!!

sexta-feira, março 24, 2006

A Flor*

Sim, já fui bom
Entreguei-me de corpo e alma
A cultivar a vida de uma flor.
Um sábio logo verá que de nada adiantou
Pois até mesmo a mais linda flor
Cobre como um véu a verdade
Escondendo em sua perfeita imagem
A mais violenta dor.

Bruno*

Repetição*

Todo dia espero que uma luz me leve
Ou que o chão se abra
Nada vem.

Repito conceitos
Repito sentimentos
E o que se repete em mim
Se repete no mundo.

Sou uma repetição
Do fracasso de tantos outros
Vem a dor.

Sou uma existência única
E a dor de tantos outros
Sinto eu como um chão
Que se abre em mim
Esvaindo minha luz.

A dor comum é única em cada ser.

Bruno*

quarta-feira, março 22, 2006

Algo Belo*

Ah, se em algo belo
Eu pudesse transformar
Esse puro sentimento
Não faria uma pintura, nenhum lindo elogio
Um veneno eu criaria
Pra te levar à sepultura


E então, quem sabe
O céu não sorriria
Depois de assistir
Tão injusto sofrimento

Só assim, aliviado eu ficaria
Com seu profundo martírio
Tendo calmo no meu peito
Todo o ódio satisfeito!


**Mais um texto pretencioso com aspirações musicais...

Bruno*

sexta-feira, março 17, 2006

Por Favor*

Nessa vida, não vou pra frente nem pra trás
Vou pro lado, ao meu lado
Sem sair de mim, com você
Dentro do meu peito, que não bate

Não mais, não mais o amor
Por favor, deixa eu quieto
Aqui zangado, que não faço mal

Sinto sono, muito sono
E as vontades de um santo
Choro um pranto muito brando
Como quem espera o fim chegar

Tomei o impossível por eterno
Tomei um tombo sem remédio
E o mundo gira, indiferente
E gira o mundo, indiferente

Não mais, não mais o amor
Por favor, deixa eu quieto
Aqui zangado, que não faço mal

**Esse texto foi originalmente escrito com a intenção de se tornar uma canção; um sambinha talvez...

Bruno*

quinta-feira, março 16, 2006

Arte Abstrata - Vida Abstrata

nada é abstrato, porque tudo é pensamento.
se uma forma é abstrata é porque ouve uma forma pensamento.
todo pensamento tem fundamento.
mesmo que seja incompreensível, num primeiro momento.
Há uma origem, uma fonte,
Um não-começar, mas um eterno começando.

...

Nada nessa vida surgiu do nada!
Tudo tem conteúdo!

...

Você pode perguntar: qual a relevância de se discutir as abstrações e os atos abstratos e suas concretizações?
Entender o abstrato não é uma tarefa fácil e, diria, impossível no atual contexto histórico. Teríamos que ter uma tecnologia suficientemente desenvolvida para podermos ver as cores, intensidades e vibrações que estão presentes nos pensamentos de alguém.
Captaríamos as coisas impalpáveis de alguma maneira, como rastrear pistas da concretude das emoções e sensações em sua essência!
A relevância é que as abstrações, como forma de apropriação de uma idéia, são concepções que se extendem aos atos. De agir, andar, pintar e... pensar!
A abstração é um instrumento de decodificação daquilo que não conseguimos dar forma! Aqui mora a proposta.
A concretização do impalpável se manifesta na prática da arte abstrata, dos textos abstratos, das poesias e músicas, de todas as formas de expressão, aparentemente sem sentido. E verificar se a manifestação da mente é realmente abstrata é uma maneira de descobrirmos algo sobre nós mesmos, nos momentos em que não temos certeza da exatidão do que queremos expressar.
Pois, mesmo aquele que acredita que pode se fazer de louco criativo e manifestar algo, cai na ilusão de ter criado algo.
Na realidade, o indivíduo humano se apropria do mundo e o recombina, expele um produto de si. Que mais é um subproduto de seus sentimentos que uma espontânea originalidade.
Compreendermos melhor as implicações de nossas manifestações mundanas é uma urgência à autocompreensão.

Salve, salvem o processo de compreensão!


Fred

terça-feira, março 14, 2006

Uma Breve Teoria Do Amor*

Primeiramente, gostaria de situar historicamente o "Amor" como conceito que surge como valor nas dependências do século XVII e XIX, época que aqui será considerada sem muito rigor como "Romantismo". Tal localização histórica se faz necessária a fim de restituir sua natureza finita e contextual, assim o livrando da impregnação de valor absoluto, natural e universal. Apenas como ilustração, basta lembrarmos o que representava a Honra na antiguidade clássica.
Também é importante que o leitor tenha sempre em mente a importância que os valores tem em nossa vida prática como guia, ainda que distante, de nossa conduta. Só assim essa reflexão ganha algum sentido, na medida em que influencia diretamente nosso modo de ver o mundo e nele agir.
Ao entendermos o Amor como um conceito temos a vantagem de visualizar sua elaboração, arquitetura, proveniente dos diversos estímulos, sentimentos. E como pilar fundamental de sua estrutura encontramos a essência utópica da "felicidade absoluta", "completude". Basta para nós considerar a utopia como algo virtual, irrealizável empiricamente, quase sempre, um desejo. Assim, concluimos que o Amor é um conceito idealizado e esculpido por um anseio extremamente criativo e agonizante de ter, ao menos em virtualidade, aquilo que era impossível de ser concretizado na realidade. A sua impossibilidade é justamente a razão de sua existência. De certa forma, o Amor pode ser considerado um sonho, na medida em que é um cumprimento de desejo.
Uma das diversas possibilidades de refutação dessa tese seria os casos de "amores bem sucedidos", e logo nos vem a imagem de um par de velinhos abraçados em uma varanda, como numa propaganda televisiva. No entanto, penso ser este um belo exemplo de tolerância e serenidade, e não de Amor, sentimento necessariamente ambivalente. Uma espécie de apaziguamento do espírito querente, que encontra a máxima completude possível dentro de si mesmo e não no outro.
Não é difícil cogitarmos algumas hipóteses que expliquem, dentro dos limites desta proposta, a perpetuação deste valor. Entre outras razões, a criação de Ideais é bastante justificável como remediação para o "Querer" do ser humano; a função de sonho tem pois aplicação incontestável. E o que dizer então do incrível uso do Amor como mais um intorpecente e objeto de consumo da sociedade moderna?
Para finalizar, gostaria de mais uma vez chamar a atenção a respeito da importância desse tipo reflexão crítica na formação de nossos valores, e principalmente, no exercício e prática cotidiana em busca de um estado de espírito que prime pela paz e autoconhecimento ao invés de comprar sem contestar ideais que nos iludem e levam ao sofrimento.

Bruno*

segunda-feira, março 13, 2006

...=...

E=Km(c)2
--------------------->
Choices
<---------------------
Sad...

Choices
<---------------------
Happy...

--------------------->
e=mc²
.......................................
Edu

Ângulo

basta escolher o ângulo
e a modernidade é, na realidade, modalidade
e você não é moderno
é um modelo externo e interno
sempre dentro, mas querendo estar fora
porque o mundo do homem não é o mundo que você quer para sua alma

e é por isso que espiritualidade amálgama é a língua intérprete deste mundo
que consegue ser limpo e imundo
basta escolher o ângulo


Fred - 13/03/2006

sexta-feira, março 10, 2006

Absorva sua música preferida

Absorva sua música preferida
Deixe-a somar-se na sua arquitetura celular
Deixe-a alterar seu estado de consciência
Deixe-a despertar sua amnésia corporal
Deixe-a induzir teu cérebro a nutrir seus tecidos das melhores sensações
Deixe-a calar-te

...

Pois quem já foi num show sabe
O que é a música entrando pelo peito
Invadindo seu tórax
Atravessando sua alma
Te hiper-excitando, entortando e endireitando
Construindo e fundamentando seu respeito

Sabe que relaxando-se, dissolve-se na melodia
E a referência de tempo ou dia
Se perde na primeira rima

Sabe que sua música preferida tem todo o poder sobre você
Não é questão de querer
Depois de seu querer

Absorva sua música preferida
Pois o ceticismo com os encantamentos da vida
São o veneno mortífero que te atrofia a vida
E pilha as minas de seu íntimo

...

Absorva sua música preferida
Enquanto ela te elevar
Enquanto ela te fizer forte e invencível

Absorva sua música preferida
Enquanto ela resgatar o que há de melhor em você!

...

Fred - homenagem ao Bruno
estádio lotado + "Alive" no peito... deve ser fantástico!
10/03/2006

quarta-feira, março 08, 2006

Aforismos*

"Aquele que anda cabis baixo nunca está sozinho, pois está sempre acompanhado de si mesmo."

"Sonha quem quer."

"Cada um se fode a sua maneira."

Bruno*

...

Mulher
Canto da beleza

rodrigo bobi

terça-feira, março 07, 2006

O circo - O palhaço

o palhaço
não me faz pensar
não me faz evoluir
não me provoca
não me cutuca
apenas me faz rir

de pouca coisa
de coisa besta
por nada

ainda assim
me encanta
me seduz

com suas roupas largas
com seu cabelo colorido

com seus grandes pés
no alto ou no chão
uma involução dos bobos

rodrigo bobi

segunda-feira, março 06, 2006

O Canto Das Minhas Pedrinhas*

Neste momento, ouço o canto das pedrinhas que estão dentro de mim
É um canto violento, de dor
Páro, escuto com atenção
Sua melodia quase sempre me leva às lágrimas
Penso na morte
Às vezes chego até a não pensar
Apenas acompanhando a música, a dor
Estranho sentir carinho por aquilo que me mata
Ouçam, são elas, agora sussurrando, bem baixinho
Uma dor branda, quase surda
Que me leva ao torpor
Me faz calar
Pedrinhas, pedrinhas chega de cantar
Meu pensar já dói o bastante...

Bruno*

11º verso

Ouço um grande nome da música
Nele, consigo ouvir a nós mesmos
Nossos medos
Nossas dúvidas
Nossas esperanças
...
Descubro que a solução
É cantar

rodrigo bobi

sexta-feira, março 03, 2006

O Sentido do Mundo*

Discípulo: Mestre, nessa vida há tanto sofrimento, tanta contradição, parece não haver um caminho feliz a seguir... Acaso existe algum sentido no mundo?

Mestre: Sim.

Discípulo: !!!

Mestre: Anti-horário.

Díscipulo: ...


Bruno*

quinta-feira, março 02, 2006

Articulações

Quando me uso da metáfora
Com um M maiúsculo no peito
Meus amigos são meus braços invisíveis,
Mas são independentes
Vivem independentes
E continuam me ajudando
Como se fossem meus braços invisíveis

Com um M maiúsculo de Metáfora no peito
Eu sou um monstro, pois tenho inúmeros tentáculos.



Fred

Cinzas*

Foi-se o carnaval: tempo em que vestimos a máscara da felicidade e cantamos a ilusão do amor.
Passou. Agora voltemos a face verdadeira que é a dor...
(Até as cinzas se vão)

Bruno*

quarta-feira, março 01, 2006

Lembranças

1º: Amigos, desculpem-me por não replicar nenhum tópico desde o último que comentei, mas vcs conhecem meus obstáculos atuais... No entanto estão muito bom, Bruno parabéns vc tem apurado e muito seu estilo, fico feliz com isto, leia seus posts do início do blog e os últimos, quanta diferença... Bob, cada vez mais seus versos, textos, pensamentos tornam-se simples, porém com profunda complexidade inserida neles... Frog, sempre analítico, coeso e racional... Fred, seus comentários são sempre precisos e sofisticados... Carol, por onde andas??? William que bom que vc está comentando de forma mais presente... Victor, não basta apenas colocar fogo em alguns tópicos, volte a comentar, sei que continua lendo as postagens... Anônimos, este é um blog para confabulações e confraternizações, não há necessidade de esconderem-se atrás de uma máscara... Celle, Nando e Lua vcs estão em casa, estejam sempre presentes...

2º: Estou numa Lan, então serei breve...

Lembranças de meus dias pueris, não apenas de minha infância tenra, de minha vida adulta "moleque", Ah! conversas infindáveis, filosofia, astronomia, antropologia... Aquela estrela cadente que não vi e fiquei bravo, lembra Bob? Ah! noite perfeita, destruída por uma manobra de skate, lembra Bruno? Frog, lembra da "re-tentativa" de libertação da Escócia? Ah! Siscão e a lata de lixo, Sisquinho e o jogo de PC...
Para muitos deste blog, não haverá nenhum sentido o que escrevi, mas se enquanto vcs lerem estas palavras, se recordarem de algum fato no passado distante, ou apenas recordarem algum fato engraçado, trágico, dramático... meu objetivo terá sido alcançado...

Não quis filosofar com versos precisos, texto coerente, ou pensamento coeso, apenas escrevi por devaneios nostálgicos de um tempo que é apenas saudade... "Ser é tempo e ser é memória" e meu tempo é o de Manu; vou me embora pra Parságada...

Bjs e Abçs a todos...

Obs: Bobby my big and sweet friend... Estou no aguardo da 2º cena...

Edu® - Texto sem revisão, caso contrário ele não estaria aqui...