Confraternização

(Na geladeira)

sexta-feira, março 31, 2006

Temas - Vire o rosto!

vire o rosto, por favor
não é hora de me ver
não consigo mais manter o espírito de novidade
entre nós
não posso manter o frescor
vire, por favor
não veja meu rosto velho
que não sabe mais sorrir contigo
que não sabe causar reflexo
mas me esforço
e é assim que não consigo ser nascido a cada dia
somente quando esqueço é que sou novo
vire, para esquecer também de mim
e me ver novamente como alguém interessante.

rodrigo bobi - junho de 2005

5 Comments:

Anonymous Anônimo disse...

Grande Bobi.
"somente quando esqueço é que sou novo", é realmente tocante p mim.
no esforço de sermos mais afetivos, sorridentes, alegres, agradáveis, sociáveis, seja lá oq for, acabamos nos tornando evidentes. e qunado nos vemos, ou nos vêem, estamos ali, iguais, mesmo q nos esforçando p sermos diferentes, mas, geralmente, iguais.

ñ lembrar de ser alguma coisa é a melhor maneira de relaxar e ser mais espontâneo, ao meu ver.

virar o rosto, me parece como uma negação do q nós somos enquanto signos, estereótipo, mas a negação é uma proposta de esquecimento deste estabelecido.

gostei muito cara!
parabéns

março 31, 2006 1:23 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Oie! Olha eu aqui de novo! Nossa Bruno, fiquei lisonjeada com o seu comentário, mas confesso que não chego nem aos seus pés. Um dia quem sabe eu chegue lá, mas isso ainda demora, eu sei.
Bom, tenha uma ótima semana! Adorei conhecer isso aqui...
Beijos

abril 02, 2006 4:25 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Fred, vale pelo comentário.
E, Lidi, obrigado pelos elogios ao blog, mas esse texto não é do Bruno...
hehehe
Abraços!

abril 02, 2006 5:50 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Hmmm... Existe um "tu" (indicado pelas terminações verbais) a quem é dirigida esta suplica ("por favor") de compreensão do sujeito, o que dá a impressão de ser um diálogo com uma outra pessoa; não digo que não tenham sido realmente estas as circunstâncias, mas o mais interessante pra mim é reparar em como esse diálogo é travado principalmente entre o sujeito e ele mesmo! Ora, isto é pura reflexão, no sentido literal da palavra, puro trabalho de auto-conhecimento, embora a solução para esta série de constatações do seus próprios limites de "renovação", "frescor" seja a aceitação destes limites ("virar o rosto", "esquecer").
Tsc, sei que todo este meu discurso prolixo acaba por dissolver um pouco da mensagem do texto; simplifico dizendo que gostei do auto-conhecimento dos limites de auto-renovação. Conhecer os limites é tudo de bom.
Desculpa, Bobi, sei que você não gosta de letrices, mas você sabe que eu sou seu fan!
Ahhhh! A Lidi não disse em nenhum momento que este texto é meu, acho que ela só aproveitou pra manifestar seus elogios neste que é o último post. Sim? Não. Talvez? Enfim!
Beijos!

abril 03, 2006 11:08 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Sabe, eu escrevi esse texto sem "pensar", portanto eles não tem muitas letrices, só obviedades.
Enfim, quando eu falo que não gosto de letrices, não me ouça. Falo por querer apenas brincar.
(risos)
Gosto das suas letrices.
Sabe, só não comento mais porque tenho a mente dispersa. Uma dificuldade que me acompanha. Tanto que estou para escrever um poema, sobre solidão, que não saí de dois versos.(e não quero postá-lo como drops...)

Bem, é isso aí.

Abraço e obrigado...

abril 04, 2006 8:38 AM  

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