Confraternização

(Na geladeira)

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Poema de Areia*

Poema de areia
Escrito na praia
Com estrelas no céu
E pés no chão
(Passou uma estrela cadente atrás de mim)
Pouca coisa acontece
Além do barulho das ondas
Um outro tempo passa
Muito mais tranqüílo
Enquanto o verso se desfaz...

Bruno*

Porque ainda vivo?

Porque ainda vivo se só oque a vida me mostra é sofrer...
Porque viver se a unica coisa que me importa nunca tive?

Porque viver em uma escuridao sem fim?
Só quem sabe é quem controla a vida...
Até quando ,não sei...não me importa
Só peço que pare.Pare porque não aguento mais.
Quero viver o outro lado da vida..
O lado da felicidade!!!

Daniel Siscão

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Coco

Água de coco gelada
100% natural
Vem da fonte do coqueiro
Bebo o dia inteiro
E nunca me faz mal

rodrigo lima silva

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Sutilidades I

Obrigado...
...por enquanto!

rodrigo lima silva

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Aminésia

O texto (Não quero saber...) é de minha autoria.Esqueci-me de identiuficar-me.


SISCÃO

Não quero saber...

Se eu soubesse,não me questionaria sobre tudo...
Para eu saber,deveria talvez,querer....
O querer em si e puro,mas não da forma que queremos...
Então por fim digo que nada quero,nada sei e nada espero.

Daniel Siscão

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Nirvânus

de quatro: pobres verdades

Bunda disse:

- Existe o cocô. Existe a causa do cocô. Existe a extinção do cocô. E existe o caminho que leva a extinção do cocô.

rodrigo lima silva

Filho*

Seu filho está em paz
No inferno? Não há
O céu eu construí
De palavra em bloco
No primeiro acordar
No depois que não se espera
Conchinhas do tempo,
Meu velho,
No mar eterno...
De quem não foi santo
Foi filho seu, de mãe
Que nada sabe, além
Nem se queixa onde está
Ao redor, parado

Seu filho está em paz
No inferno? Não há

Bruno*

quinta-feira, dezembro 07, 2006

saco de pancada

E tu venZ
Com suas cintaZ
De couro

E eu curtindo meus pensamentoZ
Curtindo demaiZ
A vida daqui que a de fora tráZ

E as coisas são tão boaZ
Tanto que as desejo
De certa forma, tenho

E desses pequenos jeitoZ
Tão desajeitados de vocêZ
Viro saco de pancada

rodrigo lima silva

terça-feira, dezembro 05, 2006

Terapia da Ambivalência*

Durante muito tempo pensei que a contradição fosse uma condição humana, e sofri na pele as conseqüências de viver submetido a este fardo. Hoje penso que não é a contradição a condição humana, mas sim a existência dos opostos. Os opostos não precisam ser necessariamente uma contraposição, podem simplesmente coexistir e até mesmo complementarem-se. O nome que se dá a essa possibilidade é ambivalência. A existência de extremos opostos num único caminho; o paradoxo possível e aceitável.
Não é difícil compreender porque esse princípio é inato à tentativa de entender o mundo. Basta esboçar o entendimento deste para que surja imediatamente a natureza distinta e oposta de todas as coisas: o claro e o escuro, o homem e a mulher, a verdade e a mentira, o bonito e o feio, o bem e o mal. Tudo parece se definir por uma oposição básica e essencial.
Essa condição talvez exista desde sempre, e encontramo-na cristalizada nas principais “explicações de mundo”. Na antiguidade clássica, embrião de nossa cultura, está formulada no princípio Aristotélico da “não-contradição”. Na era cristã esse princípio fundamenta, à custa de certo terror, a norma moral e social, pois é quando tudo acontecer ao contrário que o homem se verá diante do fim dos tempos.
Cabe a nós reconhecer o quanto esta condição determina nossas vidas, para que possamos sublimá-la, simplesmente tomando ciência de que pertencemos a uma outra era, posterior ao reino da contradição sobre a alma dos homens, na qual o princípio da ambivalência, coerente ao nosso tempo, pode proporcionar um entendimento muito mais ameno do fenômeno da vida e de nossa interioridade, pois não contrapõe a natureza dual das coisas, concilia. Não é preciso mais que entremos em conflito por sentir isso ou aquilo, por ter de escolher entre uma ou outra coisa, por sermos deste ou daquele jeito. Somos todas as diferentes e opostas características de nós mesmos, sentimos ódio e benevolência, tudo ao mesmo tempo, do mesmo modo que as pessoas nos fazem bem e mal, do mesmo modo que nascemos e morremos.
Se incorporarmos essa nova relação harmônica entre os opostos, admitindo que uma coisa ou alguém, não é isto ou aquilo, mas sim, isto e aquilo, talvez consigamos restaurar a tranqüilidade que nos falta quando pensamos, sentimos e vivemos em contradição.

Bruno*