A Caça do Polvo*
Bruno*
(Na geladeira)
Há de se pensar a morte – a natural, sim – com bons olhos – pra quem a pense como fim incontornável, claramente. Como algo belo. Enquanto a vida nos obriga a viver nesse mar indeciso e revolto de coisas cheias de juízo de valor: bem e mal, principalmente; a morte – assim pensada – nos permite a sublimação deles. O certo e o errado fazem mal à saúde – principalmente à mental. E se devem ou não ser eliminados por vontade de nosso ego, hão de ser – irremediavelmente – pela própria vida, quando esta se finda – certa e quase sempre não quista e não aceita, apesar de tal obviedade ser mais óbvia do que a mais simples das equações matemáticas.