Plumas ao vento
Quando, tendo caído de nossos sonhos – feito feto expulso do ventre quiçá antes mesmo de o ventre ter percebido a possibilidade de vida rejeitada –, nos deparamos no colo da amizade de pouquíssimas, íssimas, íssimas pessoas que também caíram, cada qual de seu próprio sonho – feito feto ou não –, e nos percebemos acompanhados apenas de nortes... Ainda que falte um norte ou outro, e que essas preciosas pessoas não possam supri-los (os nortes ausentes), é possível darmos-lhes as costas (aos ausentes), e vivermos amputados dos fetos que a nossos ventres foi vetado gestar.
Algoz
1 Comments:
Forte essa imagem, não? Sonhos iguais a fetos... Penso em sonhos nati-mortos... Às vezes precisamos parir sonhos por algum motivo que nós mesmos desconhecemos; ou escolhemos desconhecer, por se tratar de uma aberração... Enfim.
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