Pernilongo*
É com alguma graça que me admito carente e implicante. Tenho o direito humanitário de me contradizer ao precisar de outra pessoa mesmo desejando não precisar. E faço isso sendo o mais implicante possível: reclamo de tudo; vejo coisas erradas nas coisas mais simples; acho feio o que acham bonito; rio com sarcasmo do sofrimento alheio; resmungo minhas dores nos ouvidos ocupados; dou xiliques histéricos quando não concordo; esperneio se não tenho; suspiro caras de tédio...
Em suma, sou inconveniente ao extremo, assim como um pernilongo, carente por qualquer resquício de um sangue cálido que não lhe pertence, azucrinando com sua terrível e incansável lamúria o sono que é tranqüilo.
Em suma, sou inconveniente ao extremo, assim como um pernilongo, carente por qualquer resquício de um sangue cálido que não lhe pertence, azucrinando com sua terrível e incansável lamúria o sono que é tranqüilo.
Bruno*
1 Comments:
Hilário e sagaz.
E... BBBE, que pra quem não sabe:
Bom, Bonito,
Bem Escrito.
Postar um comentário
<< Home