Confraternização

(Na geladeira)

quarta-feira, agosto 22, 2007

Modestíssima Ontologia*

Razão e paixão são superstições do homem. Já nos primeiros registros da subjetividade propriamente humana, encontramos representações de duas possibilidades básicas de sua atuação prática ou simbólica: uma mais próxima de um desempenho máximo de suas possibilidades e outra mais próxima de um baixo desempenho.
Assim, temos o príncipio Lógus x Páthos, uma oposição elementar entre um pólo racional e outro passional, que atinge as diferentes etapas do processo cultural e civilizatório: das cosmogonias ancestrais - e aqui vale a pena lembrar que as mitologias são traduções simbólicas da experiência cultural do homem; uma organização ética e social que orienta a conduta e que é também responsável pela formação do indivíduo, ou seja, um meio necessário ao processo histórico -, passando pelo monoteísmo cristão, até chegar ao racionalismo iluminista (onde a inspiração de muitos pintou essa relação nas a idéias de "esclarecimento", luz, conhecimento, em oposição à escuridão, ignorância, loucura: outra bela maneira de representar essa superstição, pena não ter previsto o Nazismo, ou o uso do conhecimento que alcançaram sobre o átomo...), dos quais, herdamos, decisivamente, nossa forma de pensar.
Bom, o que quero dizer com isso é que razão e paixão são criações do homem, algo além do que a princípio constitui um grande e único movimento - afinal, quem não admite a existência de uma loucura da razão ou uma razão (lógica) na loucura? - dentro de todos nós e que tal divisão não é natural (segundo Nietzsche, essa divisão e valorização que se dá ao Lógus, se desenvolve com a pólis grega, principalmente com um tal de Sócrates), o que dá origem a uma série de conflitos e angústias. Ou seja: se, pelo menos em hipótese, fossemos capazes de recriar, em alguma instância, esse estado harmônico entre Lógus e Páthos, estaríamos reduzindo o conflito entre essas duas forças inerentes a nós.
Quem tem coragem?

Bruno*

3 Comments:

Anonymous Anônimo disse...

Também quero saber:
Quem tem coragem?

agosto 26, 2007 4:41 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Paisagem Inquieta*

A pessoa que está só na paisagem, inventa uma filosofia. Sente-se inquieto com a vida que corre em suas veias e tenta entendê-la. Distrai-se com seu entendimento.
A pessoa que está acompanhada na paisagem, inventa uma arte. Por ter para quem mostrar o que sente, preocupa-se em como mostrá-lo. Distrai-se de seu sentimento.
Mas, no horizonte, a paisagem continua inquieta...

agosto 27, 2007 5:36 PM  
Anonymous Anônimo disse...

complexo...

Pri

agosto 28, 2007 5:05 PM  

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