Confraternização

(Na geladeira)

sexta-feira, janeiro 25, 2008

O caminho do caminho

POEMA A QUEM MORE EM MIM

Não caminho com a cabeça erguida
Nem baixa, ou de soslaio

Caminho, assim, como quem vive
A vida insiste, sigo nela

Tento, quanto me lembro,
Desviar-me dela, quanto posso.
(E tenho – satisfeito – lembrado bastante)

De algumas coisas perdi controle
(Como fosse, perpetuamente, mantê-lo.
E terei, jamais, o tido?)

Deixo um emprego maquinal, chato.
E vou empregar minhas vontades
Na cozinha, na música, na arte.

De algumas pessoas me perdi
(Tenho desejo de encontrá-las.
Mas meu desejo a mim me basta,
Quem quiser me encontrar, sabe como.)

Então caminho em direção a mim mesmo.
Como ontem, a si mesma, foi a moça
que punha sossego em minha cama.

Caminho em direção a mim mesmo
Onde possa acompanhar de mais perto
o tempo a fazer seus trabalhos
[na casa tranqüila que eu serei.

E paciente assitirei,
das cadeiras de praia
[do quintal.



Algoz

1 Comments:

Anonymous Anônimo disse...

Bom. Se o caminho é apenas, ou, pricipalmente, o caminho, nele podemos notar a presença de uma serenidade que terá o desafio de se sustentar por si...

janeiro 30, 2008 5:08 PM  

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