Praia eterna
POEMA À ENTREGA
Pé que se salga, deseja o infinito.
Pé que se salga, deseja o infinito.
Cachos ao vento, beleza no ar.
Sonho e miragem, vedado tocar.
Pranto ao sol, tormenta de esquecido.
Vida vazia, morada da dor.
Vida vazia, morada da dor.
Lábios distantes, desejo incontido.
Água no umbigo, sinal de perigo.
Olhar sem norte, brilho sem calor.
Amor infausto, penoso jazigo.
Amor infausto, penoso jazigo.
Contra o silêncio, melhor é calar.
Chaga de amor, nem cuidado de amigo.
Brilho de lua aumenta no mar.
Brilho de lua aumenta no mar.
Água no peito se faz um pedido.
Morre afogado quem sabe nadar.Algoz
3 Comments:
Gostei. Muito lindo.
Ô, bem legal mesmo, não fosse a dor.
Uma sintaxe mais de boa do que no outro soneto; simples nas figuras e nas articulações entre elas.
Enfim, gostei bastante e achei a construção do carái.
Abraços!
E dá uma vontade de se jogar, né ?
Lindíssimo o seu poema !
Beijão
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