Confraternização

(Na geladeira)

quinta-feira, maio 17, 2007

Não fossem tolices...

POEMA AO SONETO SEM ASAS

Eu tinha qualquer coisa percebido.
Um olhar de desejo me tomando,
Um sorriso de hipnotizante encanto,
Um toque dando à vida seu sentido.

Percebi talvez tarde ter achado,
De cegonha em mim mesmo uma cegueira.
E querendo dá-la enfim uma herdeira,
Me propus a viver sempre a seu lado.

Mesmo nunca tendo as asas batido,
Destemida foi logo cortejando,
O ventre de seu sonho enfim despido.

E se o sonho caiu antes do anjo,
Seu vôo continua ao mesmo umbigo,
Ao mesmo lindo ventre desejando.


Algoz

1 Comments:

Anonymous Anônimo disse...

É impressionante o que um soneto pode fazer...

maio 18, 2007 7:23 PM  

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