Confraternização

(Na geladeira)

quinta-feira, maio 10, 2007

Tempo de depuração

POEMA À PORRA NENHUMA

Percebi enfim que de nada vale
[qualquer palavra.

Continuarei escrevendo
[Porém
Sinto muito

Mas não hoje.

Hoje está frio demais
E triste
[mais ainda.
Sim, mais triste do que frio.
E como treme meu corpo!

De meus olhos lacrimeja
[com ódio frouxo
o inexplicável.

Resolvi, resolvidamente,
abandonar essa vida, que
[em primeiro plano
[só embaça os sentidos
[e causa dor.

Farei minha resistência
[com frouxidão odiosa
atrás do pano,
onde ninguém, nada possa
[me cobrar ou ser cobrado.

E quando eu gritar
uma blasfêmia qualquer,
[um insulto, um crime,
Quem, enfim, me escutar
haverá de dar
[de ombros.

E se não se fazem ombros
[como os de antigamente,
É porque, pura e simplesmente,
[antigamente passou.


Algoz

2 Comments:

Anonymous Anônimo disse...

É tudo tão difícil... esse frio, esses botecos... ser da resistência... e quando muito, esse ódio frouxo... é bem difícil..
Mas vez ou outra Deus é legal, não a ponto de concertar tudo isso (que nunca será concertado!)... o jeito é se distrair... enfim...

Beijos...

maio 11, 2007 4:11 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Poderia me deixar a não comentar esse texto....
porque sei que tanto faz...
e no final acabei por tecer este comentário sem medo de errar...
pois na eternidade sabemos que os erros não existem ,nem muito menos acertos...
...........inevitável é a palavra do momonto,e se esse momento é eterno,então esse comentário irá ecoar eternamente no cosmos....

de um que acredita em Deus:
Daniel Siscão de medeiros

maio 12, 2007 2:32 PM  

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