Cavaleiro soturno
POEMA A UM SUICIDA EM POTENCIAL
Quando nenhum vazio
[preenche
E nem tudo que há
[alenta,
Penso num suicida,
[com carinho.
Não que todos os suicidas
se hão de ter ido
[por isso.
Mas um que seja
[me faz pensar.
E podem muito bem
[ter sido
exatamente aqueles
que não deixaram nota,
bilhete, sinal
E as pessoas, em geral,
Os têm por uns filhos
[da puta.
Mas há um silêncio
que cresce na gente,
E de repente sentimos
compartilhá-lo.
Não é um silêncio verbal,
mas como que um silêncio
[da alma,
[Se alma houvesse.
E quando nos sentimos
[demasiado sós com isso,
Queremos calar:
Não conseguimos;
Queremos falar:
Não há palavras.
E sem ter com quem...
Sente-se ninguém...
É difícil compreender
essas palavras.
[Eu sei.
Algoz
Quando nenhum vazio
[preenche
E nem tudo que há
[alenta,
Penso num suicida,
[com carinho.
Não que todos os suicidas
se hão de ter ido
[por isso.
Mas um que seja
[me faz pensar.
E podem muito bem
[ter sido
exatamente aqueles
que não deixaram nota,
bilhete, sinal
E as pessoas, em geral,
Os têm por uns filhos
[da puta.
Mas há um silêncio
que cresce na gente,
E de repente sentimos
compartilhá-lo.
Não é um silêncio verbal,
mas como que um silêncio
[da alma,
[Se alma houvesse.
E quando nos sentimos
[demasiado sós com isso,
Queremos calar:
Não conseguimos;
Queremos falar:
Não há palavras.
E sem ter com quem...
Sente-se ninguém...
É difícil compreender
essas palavras.
[Eu sei.
Algoz
2 Comments:
Algoz, você é a Elegia 1938 de Drummond ..
Muito bonito. Mesmo.
A morte pode ser a grande afirmação da vida, né? Um consôlo?
Enfim,
Beijos...
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