ROSA NEGRA

A vida nos leva há caminhos engraçados, pensar nestes é como observar o inverno devorando o outono, matando as belas paisagens que já não eram tão belas como as da primavera. Certo sem “destruição não há renovação”, mas não é esta visão “sofística” que quero refletir agora...
A vida é repleta de fases, algumas deixam marcas tão profundas que suas cicatrizes sangram uma dor do insuportável a saudade. É triste perceber que por seus próprios equívocos, covardia, orgulho (Ah! Orgulho), suas estrelas foram para um lado que se não é ruim, não era o que se buscava.
Cada passo o leva em direção ao abismo, causado simplesmente por decisões precipitadas, quando já não se tem forças para modificar a estrada, pois ela já está construída, pegá-se o caminho e anda-se em direção ao inevitável...
As flores são tristes, tristes por deixá-las para trás num passado que poderia ser o presente e o futuro, ah! Flores, como uma simples rosa negra entre os lábios sedutores de um dançarino habilidoso de Tango. O que fazer quando o nada está intrinsecamente ligado ao tudo e o tudo nada mais é que o nada. Não, não estou me apegando ao nada, porém o nada é o vazio de tudo aquilo que poderia ter sido e não foi...

Eduardo