Confraternização

(Na geladeira)

quinta-feira, março 27, 2008

Versos livres do amor cativo

Sempre voltas depois que vais
Voltas quieto e sempre sozinho.
Nunca sabes teu próprio caminho
Mas sempre voltas ao mesmo cais.

És tão tolo e tão mesquinho
Que não te fartas de ser mais.
E mesmo quando queres paz
Fazes guerra de qualquer carinho

Na busca doente por qualquer beleza
Sempre te entregas à solitária dor.
Não aceitas que é da natureza
A impermanência do cobertor.
E soluças em teu lençol, apesar da certeza
De teres nascido pra passar frio, Amor.


Algoz

3 Comments:

Anonymous Anônimo disse...

Poema sério, esse. Séríssimo.






(Me cobre, que eu só tenho minha mantinha...)




Beijos.

março 28, 2008 11:57 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Classe A.

março 28, 2008 4:01 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Coisa que atormenta! Belo!
LHISS

março 30, 2008 12:00 PM  

Postar um comentário

<< Home