Confraternização

(Na geladeira)

segunda-feira, novembro 07, 2005

nada

seres fecais, eu exorcizo suas existências na água imunda que vos cerca

todos os trocinhos se protegiam com peles de tomate,
enquanto eram rechaçados pela chuva de irmãozinhos despencando do céu

que a água em vórtice se encarregue de levá-los, definitivamente, para a lama
que voltem ao pó de onde viestes e retornem, talvez, à minha carne
constituam minha pele ou as guloseimas naturais deste mundo cíclico

mas, acima de tudo, tornem-se poesia
para terem mais uma serventia nobre
que ñ ser expelido e indesejado mal filho malgrado
pois necessito de ti

seres fecais q são motivo de chacota, de piada e todo tipo de anedota
orgulhai de seus coliformes e mergulhem destemidos no ciclo da vida
q os aguarda nas garras dos fungos, dos vermes, das bactérias
que os tranformarão em belos nutrientes
assim como as pupas se fazem borboletas
e os homos tornam-se sapiens


Fred - cômico-filosófico

2 Comments:

Anonymous Anônimo disse...

Hauaua... realmente esse é um tema bastante fértil. E o legal também é que é um poema que versa sobre fézis e não é uma merda, sem contar que é bonito (cheiroso, talvez?). Enfim, gostei,e decepcionarei o Eduardo e não direi que a vida é uma merda, porque ela não é, pelo menos eu acho, no máximo conscentirei em dizer que nela abundam coliformes, mas não vem ao caso, pois o txto não diz isso...

novembro 08, 2005 2:41 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Enfim um sorriso, este poema "de merda" que não é uma fez nosso caro amigo sorrir, isto é o suficiente para que eu não faça nenhum comentário, apenas agradeça...

Thanks Fred

novembro 09, 2005 8:02 AM  

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