Borboletinha
Quando sentimos que dissemos demais – quase tudo, talvez – só nos resta dizer mais, ladainhamente – de preferência pro interlocutor mais inanimado possível –, e sem qualquer esperança – mentira – de que nossas insignificâncias virem o vento que, criado pelas asas de uma borboleta, destrua algum inteiro país litorâneo. Porque a casinha que esse discurso abraçou já está destroçada, e quem saberá se foi a borboleta ou o próprio abraço? Já dissemos isso? Provavelmente.
Que o mundo acabe – só por hoje – em fogo e sangue.
E que amanhã... qualquer coisa aconteça. Uma catástrofe, talvez. Algo que limpe.
Que o mundo acabe – só por hoje – em fogo e sangue.
E que amanhã... qualquer coisa aconteça. Uma catástrofe, talvez. Algo que limpe.
Algoz
2 Comments:
Haha, psicodelia cheia de profundidades...
Ah,esse cataclisma que nunca vem...
;)
"Algo que limpe".
Lindo, lindo isso.
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