Confraternização

(Na geladeira)

sexta-feira, maio 19, 2006

Quem Matou Meus Cachorrinhos*

Quem matou meus cachorrinhos
Foi uma dona
Que se fingiu de amiga,
Deu-lhes carinho e comida
E depois sumiu
Abandonou os coitadinhos

E eu sofria só de ver
Meus fiéis amigos
A esperar com olho grande
E padecer feito gente
Que não tem do lado
A razão de ser

A dona não voltou
Esqueceu do coração
E eu fiquei sem meus bichinhos
Por isso peço ao cidadão
Se vir a desumana dona
Que chame a carrocinha

Bruno* (insatisfeito)

2 Comments:

Anonymous Anônimo disse...

Interessante como no final você apresenta as contradições que a vida tem.
Uma passagem importante, ao meu ver, está na segunda estrofe. Essa demonstração que você faz "e algo é assim, assim é a sua causa", é muito esclarescedor.
E o começo com afirmações contundentes, de sentimentos fortes, é maravilhoso...

Gostei muito desses versos.

ps:rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs

maio 19, 2006 10:38 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Bom dia cara!
Muito bom. Pela simplicidade ele realmente se aproxima da música, mas a temática é muito louca. Como as situações do dia-a-dia podem nos trazer reflexões, ñ?
A carência e o abandono aos animais tem um paralelo muito grande com a humanidade... crianças abandonadas, por exemplo, ñ necessariamente.
Mas gosto de ler tbm como um olhar carinhoso às coisas da vida, particular, para vermos como a vida pode ser curiosa sob o olhar do poeta.
Outra coisa é q esses textos mais simples mudam muito seu significado se sabemos quem é o autor, e quanto mais o conhecermos. Por exemplo: se é o Zeca Pagodinho cantando, o Jorge Ben Jor, o Ira, o MC Serginho, o Pearl Jam, cada um vc trará uma leitura diferente.

haahahah bacana

abs

maio 19, 2006 10:53 AM  

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