Ao aprendizado do nada
Cheguei atrasado. Abri e fechei a porta com bastante cuidado. Oitenta ou noventa alunos acompanhavam aquela aula de História da... da... História de algum período. Sala cheia, fiquei no fundo mesmo. O calor não era pouco. Seis ventiladores faziam barulho. A professora, com sua voz em volume de velório, contava coisas que nem com leitura labial eu conseguia entender...:
– Depois da queda do Império ***, conseqüência da libidinagem excessiva (acho que ela disse libidinagem) de ***, que governou entre *** e ***, foi instaurado na região o sistema de ***, que ao invés de um, tinha três governantes, blá, blá, blá...
Começo a folhear o caderno em busca de informações inúteis que pudessem ser descartadas. Encontro várias. Mas o barulho da primeira folha sendo arrancada, ainda que com cuidado, me faz parar. Folheando, folheando...
– ... então a língua *** passou a ser utilizada nas relações comerciais, enquanto o *** ficou restrito apenas aos textos oficiais e religiosos...
Folheando, folheando... achei! Achei um texto que escrevi há tempos. Bacana, bacana...:
“Então viu...”
– ... que mais tarde culminou com a...
" ... e sorriu"
– ... então vamos ficar por aqui, por hoje...
O que aprendi? Nada.
Saio da aula, encontro dois amigos mais um, imprevisto.
Depois de duas horas numa fila cruel, necessária e produtiva porém, vamos almoçar. Comida boa. Depois, numa adega muito bacana, passamos mais de uma hora, batendo papo e bebendo. Saindo de lá, parada pra um caldo de cana. Dois litros de saborosíssimo açúcar direto na garganta. Sentados numa praça, esquecidos dos problemas e de obrigações, eu pensando: êta vida besta!
Algoz
– Depois da queda do Império ***, conseqüência da libidinagem excessiva (acho que ela disse libidinagem) de ***, que governou entre *** e ***, foi instaurado na região o sistema de ***, que ao invés de um, tinha três governantes, blá, blá, blá...
Começo a folhear o caderno em busca de informações inúteis que pudessem ser descartadas. Encontro várias. Mas o barulho da primeira folha sendo arrancada, ainda que com cuidado, me faz parar. Folheando, folheando...
– ... então a língua *** passou a ser utilizada nas relações comerciais, enquanto o *** ficou restrito apenas aos textos oficiais e religiosos...
Folheando, folheando... achei! Achei um texto que escrevi há tempos. Bacana, bacana...:
“Então viu...”
– ... que mais tarde culminou com a...
" ... e sorriu"
– ... então vamos ficar por aqui, por hoje...
O que aprendi? Nada.
Saio da aula, encontro dois amigos mais um, imprevisto.
Depois de duas horas numa fila cruel, necessária e produtiva porém, vamos almoçar. Comida boa. Depois, numa adega muito bacana, passamos mais de uma hora, batendo papo e bebendo. Saindo de lá, parada pra um caldo de cana. Dois litros de saborosíssimo açúcar direto na garganta. Sentados numa praça, esquecidos dos problemas e de obrigações, eu pensando: êta vida besta!
Algoz
1 Comments:
Hahhahaha!
Adoro suas pinturas de nossos dias.
Um lindo dia, em que perdi minha alma numa aula, bebi caldo de cana e me encantei bastante (graças à adega, ou a cana?).
Salve Oscar, e salve a "vida besta way of life"!
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