as paixões foram sentidas
os sentidos foram enganados
os enganos foram acreditados
as crenças foram seguidas
e o mundo não se vê compassivo
o mundo não se vê em nada
a raça humana acabada
e o homem passivo
os sentidos foram enganados
os enganos foram acreditados
as crenças foram seguidas
e o mundo não se vê compassivo
o mundo não se vê em nada
a raça humana acabada
e o homem passivo
[rodrigo bobi]
postado pela Confraternização | 11:51 AM
4 Comments:
Párabens BoBI!
Mto legal mesmo!
BjauM!
Então: Realmente muito bom. Gostei da centralização do texto, não sei se há alguma simbologia especial agregada, mas mesmo assim achei uma boa solução, de alguma forma essa distribuição faz com que o percepção seja mais direta, como as sequências de sentenças são, por estarem hiper coordenadas e exprimerem uma síntese cada uma delas.
Parece-me que esse texto trata basicamente de duas coisas: do engano, do enganar-se, de várias maneiras, através dos sentidos, das paixões, de crenças etc., e de um mundo separado do siujeito que se engana, um mundo impassível, distante. A separação em duas estrofes, inclusive, parece marcar esses dois momentos, essa separação que há de sujeito e de mundo.
Rimas abba, sacadinhas lexicais tipo compassivo-passivo, um texto bem estruturadinho, bem bacana.
Também acredito em tudo isso, vivemos nos enganando, consciente e inconscientemente; também acredito na passividade do homem e na impassividade do mundo.
Assim que é... ou não?
Gostei do texto, principalmente agora que pude apreciar a interpretação do mesmo por parte do Bruno, aliás, uma interpretação excelente e muito bem fundamentada. É fascinante o que a dedicação ao estudo e a Universidade de São Paulo podem fazer a indivíduo; fico cada vez mais admirado com todo o seu conhecimento. Bruno, parabéns.
Preciso exercitar mais a minha compreensão de textos poéticos; para mim não é muito fácil, acredito que de tanto ler textos filosóficos que buscam explicar por si mesmos as coisas que querem dizer, talvez tenha perdido um pouco do "feeling" para decifrar belos textos poéticos. Parabéns, Rodrigo. Como sabem, acredito em uma esfera eterna e absoluta em oposição a nossa morada impermanente e transitória, mas também acredito que existam fontes de conhecimento capazes de elevar o homem ao seu lugar de origem.
Cara, ñ sei oq dizer, pois, para mim, o poema diz tudo, inclusive oq o Bruno disse acima.
Acrescento q concordo com estas idéias.
O mundo e nós mesmos temos a passividade/impassividade ao mesmo tempo.
acredito q é só escolher... e pagar o preço!
hehehe
abs
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